“Os
mais afastados são os que pagam o nosso amor ao próximo,
e
quando vos juntais cinco, um sexto deve morrer”
Nietzsche
No dia
24 de novembro de 2012 aconteceu, em Belo Horizonte, uma malfadada
“Marcha da Maconha contra o Câncer e contra o Crack”.
Bancada pelos adeptos da “Marcha da Maconha”, movimento que
ocorre mundialmente mas que aqui ainda é incipiente, o evento foi
convocado e sustentado a partir de proposições descabidas, como
“maconha contra o câncer”, ou maconha para confeccionar roupas,
maconha para a depressão e outras apologias ingênuas. De fato, não
estavam ali os lobistas das industrias farmaceuticas ou textil, muito
menos os militantes das associações de apoio aos pacientes com
câncer. Eram pessoas que defendiam, sobretudo, o uso recreacional da
maconha, que diante da dificuldade de assumir o desejo de liberação
da droga para este uso, vieram com estes eufemismos e distorções.
Embora
considere legítima a defesa que os usuários e simpatizantes da
planta fazem da sua legalização, posição, aliás, da qual também
sou partidário; acredito que faltou nas proposições da marcha uma
visão um pouco mais ampla das questões que envolvem a proibição
do uso de drogas na nossa sociedade. O evento em questão pecou ao
tentar sustentar o direito de uso de uma droga específica, no caso
a maconha, em detrimento do direito de outros usuários de drogas,
no caso, do crack. Sem desconsiderar os efeitos específicos que cada
droga provoca no organismo, o que as diferencia em certa medida, me
pareceu meramente oportunista este ataque ao uso do crack pelos
defensores da maconha. Isso me fez pensar nas inúmeras vezes em que
pude presenciar a discriminação e intolerancia entre diversos
usuários de drogas que via de regra condenam o uso de terceiros.
Evocarei aqui algumas dessas situações.
Lembro
de imediato uma das primeiras entrevistas que fiz com um usuário em
tratamento no CAPS Ad de Ribeirão das Neves, ocorrida pouco tempo
depois de eu começar a trabalhar nesta clínica. Ele me dizia que
perdera família, a casa, o trabalho e a dignidade por causa da
cachaça. Estava depressivo, choroso, apresentando a pressão
alterada.Apresentava-se magro, edemaciado e cheio de escoriações.
Tinha tremores todas as manhãs e os combatia tomando a primeira dose
do dia. Apresentava complicações hepáticas e gástricas
importantes. “Mas nunca usei droga. Eu bebo, mas maconha,
pó, essas porcarias eu nem conheço direito”, dizia, no entanto,
com certo orgulho. Achava ruim ficar ali, naquele espaço de
tratamento: “tem muito drogado aqui”. Aquele homem
deprimido, choroso, arruinado, via-se em condição melhor do que
outros que faziam uso de drogas consideradas ilícitas. Fazia uma
avaliação apenas baseada no fato de acreditar que quem usava outras
drogas estava em pior situação que a sua, situação que ao meu
ver, naquele momento, não podia ser pior.
Em
outra ocasião, numa festa com alguns amigos, a maioria
profissionais da saúde, vi que um dos presentes, um médico, já
alcoolizado, estava muito preocupado com o fato de, recentemente,
terem aumentado as blitz policiais para combater o uso de álcool ao
volante. Por algum motivo, a conversa caminhou para políticas sobre
drogas e sobre uma possível epidemia de crack. Ele defendeu, com a
fala arrastada,o recolhimento em massa para internação compulsória
de usuários de crack, conforme estava acontecendo, na ocasião, no
Rio de Janeiro: “Se fossem pessoas com tuberculose ou com AIDS,
todos iam querer que internassem”, ele argumentou, citando o que
ouviu em uma palestra de um psiquiatra renomado. Mais tarde, ao sair,
perguntou por uma rota alternativa para evitar as blitz da lei seca.
Ziguezagueou entres as cadeiras e partiu, trôpego, para mais uma
aventura ao volante.
Um dia,
durante o intervalo para o café num serviço de saúde, onde eu
trabalhava,dois colegas conversavam sobre as diferentes reações que
tinham à cafeína. Ambos eram profissionais de saúde, ela
enfermeira e ele médico. Ela fazia uso de anticonvulsivante. Teve
dois episódios de convulsão no passado e mantinha o uso por
precaução. Ele apreciava cerveja, mas raramente tomava café. No
entanto, havia acabado de tomar um pouquinho para combater o sono
remanescente de uma noite mal dormida e mostrava como as mãos
tremiam. “Não posso tomar café”, ele dizia. Ela, ao contrário,
tomava o décimo cafezinho do dia, e disse que não podia ficar sem
café, que ficava ansiosa e com dores de cabeça. Ele, em tom jocoso,
disse que ela estava doente, dependente de cafeína, e que o CID 10
tinha a descrição específica para aquele quadro. Esta situação
descontraída me pareceu bem ilustrativa de como uma droga
considerada por muitos como inofensiva, como a cafeína, pode
provocar diferentes reações, inclusive causando casos de
dependência com uma certa gravidade, com quadros bem descritos na
literatura de tolerância e síndrome de abstinência. Fiquei
sabendo, tempos depois, que uma dose excessiva dessa substância pode
inclusive provocar convulsões. Por outro lado, este episódio
exemplifica como as drogas afetam de forma distinta a cada pessoa.
Fui uma
vez a um jantar na casa de um promotor de justiça, onde os convivas
degustavam variedades de vinho. Nosso anfitrião abria uma garrafa
após a outra e falava de cada uma delas como de uma amante.
Comovido, dizia onde e como as comprou, de que região provinham as
bebidas, quais as características aromáticas de cada uma, o
processo de fermentação, etc. Cada garrafa tinha uma história. A
certa altura, ele, já bastante embriagado, começou a insultar sua
esposa, gritando palavras de baixo calão, causando constrangimento
para todos ali. Em seguida começou a falar mal da família da
mesma, sobretudo de certo cunhado que ele dizia ser usuário de
drogas. “Eu odeio drogado! Tinha que ter pena de morte para
drogado”, ele vociferava. Aquela situação me pareceu ao mesmo
tempo bizarra e cômica: um representante da justiça embriagado,
agindo de forma violenta e despudorada diante dos convidados,
exaltando o extermínio de “drogados”. Tivesse eu um espelho à
mão, teria entregado a ele.
Certa
ocasião observei um homem que defendia, entusiasmado, numa roda de
amigos em um bar, a legalização da maconha. Ele tinha vários
argumentos: dizia que era uma erva natural, que não causava danos,
que relaxava. Ele comparava, por exemplo, com o álcool, e dizia que
a bebida alcoólica é que fazia mal. Falava dos efeitos deletérios
da bebida no organismo, das estatísticas ligando o uso de bebidas a
agressões e violência, fazia menção aos acidentes de trânsito
provocados por pessoas alcoolizadas. Falava que o tabaco prejudicava
muito mais e criticava a indústria de cigarros. Ele fumava maconha
há 16 anos e dizia que pararia quando quisesse: “Não sou
viciado”. Ele era caminhoneiro, acabava de fumar um baseado e ia
pegar a estrada. Chamou-me atenção na ocasião o fato de não
termos dados de acidentes de trânsito relacionados ao uso das drogas
consideradas ilícitas. Também não temos campanhas preventivas ou
educativas que abordem os riscos dos usos de diversas drogas e o
trânsito. Talvez a ilicitude dessas drogas seja o principal entrave
para uma abordagem sensata e honesta deste problema.
Uma
senhora, que foi vizinha minha, frequentava assiduamente aos cultos
na igreja evangélica de sua preferência. Ela participava do grupo
de senhoras, fazia visitas domiciliares, pagava os dízimos em dia.
Me contou certa vez que conheceu um rapaz, filho de um vizinho, que
morreu assassinado por traficantes. Ela morria de medo de que alguém
da sua família se envolvesse com drogas. Ouvira falar que os
traficantes escondem drogas em balas e doces para viciar as crianças,
e sempre dizia para os netos não aceitarem nada de pessoas
estranhas. Dizia que tinha muita pena deste povo “dependente
químico”, e vinha participando de um movimento na igreja para
ajudar essas pessoas. Ela me contou, no entanto, que há 15 anos,
desde a morte do marido, não dormia sem seu diazepam, obtido através
de uma receita constantemente renovada no centro de saúde, sem
avaliação da pertinência daquelas prescrições, sem orientação
quanto aos danos provocados ou abordagem para redução dos mesmos.
Sabe-se que os benzodiazepínicos estão entre as principais drogas
de abuso entre os brasileiros. Embora possam provocar efeitos
deletérios para a saúde física e mental, na maioria das vezes os
dependentes têm pouca ou nenhuma informação a respeito. Os dados
estatísticos são suficientes para apontar uma epidemia silenciosa
entre as “senhorinhas tristes”.
Numa
jornada científica da qual participei recentemente, cujo tema era
“as toxicomanias”, um psiquiatra conhecido pediu a palavra e fez
uma fala contundente defendendo a internação compulsória de
usuários de crack. Abordado por mim nos bastidores, ele revelou que
assim fazia por achar que o usuário de crack não tinha controle do
uso. Disse isto enquanto acendia um cigarro. Perguntado a respeito do
seu uso de tabaco, disse que fumava tres maços por dia. Eu não quis
indagar mais, para não ofendê-lo, mas diante dos males conhecidos
causados pelo tabaco, diante das impressionantes estatísticas de
óbitos e doenças prococados por esta droga, certamente quem faz um
uso tão pesado está longe de ter algum controle.
Há
algumas semanas , num grupo de usuários em tratamento no Caps ad ,
onde trabalho, o tema foi conduzido para o uso de drogas em situação
de rua. Uma senhora, que vinha ao serviço em virtude do seu
etilismo, apresentava um hematoma na face devido a um tombo que
tivera naquela semana. Referindo-se aos usuários de crack da
Pedreira Prado Lopes, lugar que ela nunca frequentara, disse:
“aquelas pessoas são a escória humana”. Um dos usuários
presentes, um jovem limpo e bem vestido, se sentiu ofendido e disse:
“eu já fiquei muito lá, então eu sou a escória humana?” Houve
uma discussão no grupo. Uma outra usuária do serviço contou que,
em casa, ao chorar pela morte de um amigo que suicidara, foi
repreendida pela irmã: “chorando por causa de um usuário de
crack?”.
Estas e
outras situações são recorrentes no dia a dia. As pessoas estão
sempre prontas a criticar o comportamento dos outros. Em geral, elas
não se vêem como tal, mas são usuárias de drogas, em muitos
casos, fazendo uso abusivo ou mesmo sendo dependentes. Minimizam os
danos provocados pelas drogas das quais fazem uso e condenam o uso
que outros fazem de suas drogas. O debate sobre este tema então se
dá, muitas vezes, sustentado pelo preconceito, pelo
desconhecimento,pela hipocrisia e pelo estigma.
Conheço
muitas pessoas destruídas pelo uso que fizeram, em suas vidas, de
diferentes drogas, seja do álcool, da maconha, do tabaco, do crack,
dos benzodiazepínicos. Do mesmo modo, conheço inúmeros usuários
de tabaco, de crack, de maconha, de cocaína e outras drogas que
trabalham, estudam, cuidam das suas famílias, amam, se divertem e
fazem todas as coisas consideradas “normais” pela nossa
sociedade.
Diante
da atual comoção, provocada em grande parte pela mídia, sobretudo
em torno do uso do crack, o que vemos é uma condenação sumária do
uso e dos usuários. Algumas mentiras repetidas diariamente nos meios
de comunicação criam um “inimigo interno”, estigmatizam algumas
pessoas, principalmente os usuários em situação de rua, como a
“escória humana”, como repetiu, irrefletidamente, a usuária do
Caps aqui citada. Esta simplificação não leva em conta o fato de
que a grande maioria dos usuários de crack, como de outras drogas,
não estão nas ruas. Estão nas fábricas, nas escolas, no comércio,
nas casas, nos coletivos, nas igrejas.
Este
quadro tem gerado uma adoção por boa parte da sociedade de uma
postura em relação às drogas baseada em chavões, bordões, que
conduzem a ações irrefletidas, movidas pelo pouco senso, fomentando
a estigmatização, o preconceito e a violência. Cria-se uma “caça
às bruxas”, onde autômatos seguidores carregam suas tochas de
intolerância, intoxicados por palavras de ordem que mal compreendem,
desrespeitando direitos fundamentais da pessoa humana em nome dessa
cruzada infeliz.
Após de
anos trabalhando e convivendo com este tema, não titubeio ao
defender a legalização de todas as
drogas, fundamentado, no entanto, em princípios diversos daqueles
propostos pela tal “Marcha da Maconha”. Se defendo a legalização
da maconha e de outras drogas é, entre outros motivos, por perceber
que a proibição tem trazido danos enormes para a sociedade,
aumentando o poder do tráfico, dificultando o acesso dos usuários à
saúde, colocando-os como cidadãos de segunda categoria,
estabelecendo estigmas e preconceitos, fomentando a corrupção
policial e o tráfico de armas, sacrificando milhares de jovens
pobres no tráfico de drogas.
Ganharíamos
todos muito mais se refletíssemos seriamente sobre o uso de drogas
na sociedade, sobretudo o uso que que cada um de nós faz, dos riscos
e prazeres, danos e alívios que nos trazem, ao invés de
permanecermos comodamente na condenação da droga do
outro.
Ei Arnor,
ResponderExcluirOlhar para a droga do outro é quase sempre pensar em que droga é o outro. Neste caso, o sexto...
Voltarei aqui mais vezes. Gostei. Bjs.
De fato. Obrigado pela visita!
Excluir[I]
ResponderExcluirNossa ótimo texto!
só chamo a atenção para +- no meio do texto. ( 7º paragrafo ) qnd tu diz:
"...não temos campanhas preventivas ou educativas que abordem os riscos dos usos de diversas drogas e o trânsito. TALVEZ a ilicitude dessas drogas seja o principal entrave para uma abordagem sensata e honesta deste problema..."
Cara na minha opinião.. e pelo que percebi a tua tb deve ser.. COM CERTEZA a criminalização dessas substâncias e das praticas relacionadas a elas ( uso, produção e comercialização )é a o maior empecílho para que as pessoas tenham interesse em bucar informações sobre elas.
no dizer popular: " - prende e/ou mata tudo!" ou " - não quero nem saber!"
são idéias estimuladas por interesses, da mídia inclusa. Então se depender deles.. a informação não passará adiante.
[II]
ResponderExcluir..
Achei incrível no teu texto.. a facilidade que o leitor/interessado encontra em se identificar..
..me extendendo um pouco, permito compartilhar uma observação que fiz ontem referente a uma noticia num programa denominado "CIDADE ALERTA" onde por uma denuncia anônima um pai e 2 filhos foram presos e julgados por tráfico de drogas, o que de acordo com a lei brasileira de 2006 confere uma pena de 5 a 15 anos.. sem me prolongar mto nesse assunto mas essa lei de 2006 tem como BASE a CONVENÇÃO DE VIENA que data 1971!!!!!!!!!!!!!!!!!! 71!!!! onde não existiam argumentos científicos suficientes para argumentar tamanha penalização por uma pratica hoje sabiamente indispensável, que é o comércio, produção e utilização de determinadas subtâncias psicotrópicas(tendo em vista que o consumo não apresenta diminuição e entendendo como PLENAMENTE NORMAL a ingenstão de substâncias Psicotrópicas por seres humanos [veja "QM" são as subs. psicotrópicas]). Na ocasião e tristemente até hoje são os interesses DE ALGUNS, a falta de informação GERAL, o PRECONCEITO e o FALSO MORALISMO quem preponderam nessas questões.
..
Lei nº 11.343:
-
"..Art. 2o Ficam proibidas, em todo o território nacional, as drogas, bem como o plantio, a cultura, a colheita e a exploração de vegetais e substratos dos quais possam ser extraídas ou produzidas drogas, ressalvada a hipótese de autorização legal ou regulamentar, bem como o que estabelece a Convenção de Viena, das Nações Unidas, sobre Substâncias Psicotrópicas, de 1971, a respeito de plantas de uso estritamente ritualístico-religioso.
Parágrafo único. Pode a União autorizar o plantio, a cultura e a colheita dos vegetais referidos no caput deste artigo, exclusivamente para fins medicinais ou científicos, em local e prazo predeterminados, mediante fiscalização, respeitadas as ressalvas supramencionadas. .."
-
..
[III]
ResponderExcluir..
..mas voltando a denuncia anônima.. me chamou a atenção na reportagem que ele reproduziram a fala de um dos ditos criminosos onde ele dizia: "- mas o que é que eu vou fazer agora?" Subtendendo que aqula era a sua profissão.. uma vez que tratavam-se de moradores de uma região onde o tráfico é comum.. o que me indignou é que aqui , no Brasil, esses indivíduos são tratados como CRIMINOSOS = escória, e em outros locais seriam vistos como o que realmente são, pois tratam-se apenas de MERCADORES. Infelizmente para eles, para os usuários e para os produtores.. suas mercadorias são ILEGAIS portanto justificam penas como a presente, que nada mais é se não OBSOLETAS e justificavelmente INJUSTAS! pois são comparáveis à penas aplicadas em crimes considerados HEDIONDOS!!!
Posso ter me extendido um pouco além.. mas entendo como um acréscimo de informações que são necessárias para o entendimento de como a situação atual, a respeito das ditas "DROGAS", é encarada da maneira que é: Com PRECONCEITO, DESINFORMAÇÂO e acatando interesses de uma
minoria que busca nada além do LUCRO! e que anteriormente usava de falsas premissas referentes a questões sanitárias que atualmente estão sendo estudadas e, apesar de entraves impostos por algumas leis "contra-científicas" de decadas atrás (onde o PRECONCEITO e a informação MANIPULADA = DESINFORMAÇÃO reinavam).
Felizmente novas pesquisas estão sendo feitas e a internete está presente para a divulgação das mesmas visto que não há, AINDA, interesses gerais na busca dessas, e somente quando começar a existir esse interesse que, a mídia e os representantes populares passarão a absorve-los e aplicá-los.
A MUDANÇA TEM QUE OCORRER DEBAIXO PARA CIMA!
Quanto a internete trata-se do meio no qual essa informação PODE SER, de uma maneira translúcida, uma ferramente na construção de uma sociedade mais consciente e em busca da verdadeira JUSTIÇA.
LIBERDADE - IGUALDADE - HUMANIDADE
att.
P.H. Salomão
Oi, Pedro;
Excluirobrigado pela visita e pelos comentários. Voce mostrou sensibilidade e propriedade nas suas colocações. A legislação sobre drogas pode ficar ainda pior. Há um projeto de lei do deputado Osmar Terra que quer voltar a prisão para usuários de algumas drogas. Vamos ampliando este debate com a sociedade, cada um do seu jeito, na sua área, para tentar mudar as perspectivas ruins que se apresentam.
Na contramão da tendência mundial e da ciência, o deputado Osmar Terra (PMDB/RS) quer aumentar a pena mínima do crime de tráfico de drogas ilícitas, generalizar a internação involuntária de dependentes, que deveria ser uma medida de última instância, e manter a criminalização do consumo de drogas. Seu projeto de lei (2012) acaba de entrar em regime de urgência na Câmara dos Deputados e corre o risco de ser aprovado sem qualquer discussão ou consulta popular. Isso seria um enorme retrocesso e causaria danos difíceis de reverter à nossa sociedade.
ExcluirSe você quiser se manifestar contra
este projeto, clique no link abaixo:
http://www.avaaz.org/po/petition/DIGA_NAO_AO_PROJETO_DE_LEI_QUE_VAI_MANDAR_USUARIOS_DE_DROGAS_PARA_A_CADEIA/?fruiQbb&pv=13