terça-feira, 2 de abril de 2013

A DROGA DO OUTRO


 





Os mais afastados são os que pagam o nosso amor ao próximo,

e quando vos juntais cinco, um sexto deve morrer”   
  
Nietzsche



No dia 24 de novembro de 2012 aconteceu, em Belo Horizonte, uma malfadada “Marcha da Maconha contra o Câncer e contra o Crack”. Bancada pelos adeptos da “Marcha da Maconha”, movimento que ocorre mundialmente mas que aqui ainda é incipiente, o evento foi convocado e sustentado a partir de proposições descabidas, como “maconha contra o câncer”, ou maconha para confeccionar roupas, maconha para a depressão e outras apologias ingênuas. De fato, não estavam ali os lobistas das industrias farmaceuticas ou textil, muito menos os militantes das associações de apoio aos pacientes com câncer. Eram pessoas que defendiam, sobretudo, o uso recreacional da maconha, que diante da dificuldade de assumir o desejo de liberação da droga para este uso, vieram com estes eufemismos e distorções.

Embora considere legítima a defesa que os usuários e simpatizantes da planta fazem da sua legalização, posição, aliás, da qual também sou partidário; acredito que faltou nas proposições da marcha uma visão um pouco mais ampla das questões que envolvem a proibição do uso de drogas na nossa sociedade. O evento em questão pecou ao tentar sustentar o direito de uso de uma droga específica, no caso a maconha, em detrimento do direito de outros usuários de drogas, no caso, do crack. Sem desconsiderar os efeitos específicos que cada droga provoca no organismo, o que as diferencia em certa medida, me pareceu meramente oportunista este ataque ao uso do crack pelos defensores da maconha. Isso me fez pensar nas inúmeras vezes em que pude presenciar a discriminação e intolerancia entre diversos usuários de drogas que via de regra condenam o uso de terceiros. Evocarei aqui algumas dessas situações.

Lembro de imediato uma das primeiras entrevistas que fiz com um usuário em tratamento no CAPS Ad de Ribeirão das Neves, ocorrida pouco tempo depois de eu começar a trabalhar nesta clínica. Ele me dizia que perdera família, a casa, o trabalho e a dignidade por causa da cachaça. Estava depressivo, choroso, apresentando a pressão alterada.Apresentava-se magro, edemaciado e cheio de escoriações. Tinha tremores todas as manhãs e os combatia tomando a primeira dose do dia. Apresentava complicações hepáticas e gástricas importantes. “Mas nunca usei droga. Eu bebo, mas maconha, pó, essas porcarias eu nem conheço direito”, dizia, no entanto, com certo orgulho. Achava ruim ficar ali, naquele espaço de tratamento: “tem muito drogado aqui”. Aquele homem deprimido, choroso, arruinado, via-se em condição melhor do que outros que faziam uso de drogas consideradas ilícitas. Fazia uma avaliação apenas baseada no fato de acreditar que quem usava outras drogas estava em pior situação que a sua, situação que ao meu ver, naquele momento, não podia ser pior.

Em outra ocasião, numa festa com alguns amigos, a maioria profissionais da saúde, vi que um dos presentes, um médico, já alcoolizado, estava muito preocupado com o fato de, recentemente, terem aumentado as blitz policiais para combater o uso de álcool ao volante. Por algum motivo, a conversa caminhou para políticas sobre drogas e sobre uma possível epidemia de crack. Ele defendeu, com a fala arrastada,o recolhimento em massa para internação compulsória de usuários de crack, conforme estava acontecendo, na ocasião, no Rio de Janeiro: “Se fossem pessoas com tuberculose ou com AIDS, todos iam querer que internassem”, ele argumentou, citando o que ouviu em uma palestra de um psiquiatra renomado. Mais tarde, ao sair, perguntou por uma rota alternativa para evitar as blitz da lei seca. Ziguezagueou entres as cadeiras e partiu, trôpego, para mais uma aventura ao volante.

Um dia, durante o intervalo para o café num serviço de saúde, onde eu trabalhava,dois colegas conversavam sobre as diferentes reações que tinham à cafeína. Ambos eram profissionais de saúde, ela enfermeira e ele médico. Ela fazia uso de anticonvulsivante. Teve dois episódios de convulsão no passado e mantinha o uso por precaução. Ele apreciava cerveja, mas raramente tomava café. No entanto, havia acabado de tomar um pouquinho para combater o sono remanescente de uma noite mal dormida e mostrava como as mãos tremiam. “Não posso tomar café”, ele dizia. Ela, ao contrário, tomava o décimo cafezinho do dia, e disse que não podia ficar sem café, que ficava ansiosa e com dores de cabeça. Ele, em tom jocoso, disse que ela estava doente, dependente de cafeína, e que o CID 10 tinha a descrição específica para aquele quadro. Esta situação descontraída me pareceu bem ilustrativa de como uma droga considerada por muitos como inofensiva, como a cafeína, pode provocar diferentes reações, inclusive causando casos de dependência com uma certa gravidade, com quadros bem descritos na literatura de tolerância e síndrome de abstinência. Fiquei sabendo, tempos depois, que uma dose excessiva dessa substância pode inclusive provocar convulsões. Por outro lado, este episódio exemplifica como as drogas afetam de forma distinta a cada pessoa.

Fui uma vez a um jantar na casa de um promotor de justiça, onde os convivas degustavam variedades de vinho. Nosso anfitrião abria uma garrafa após a outra e falava de cada uma delas como de uma amante. Comovido, dizia onde e como as comprou, de que região provinham as bebidas, quais as características aromáticas de cada uma, o processo de fermentação, etc. Cada garrafa tinha uma história. A certa altura, ele, já bastante embriagado, começou a insultar sua esposa, gritando palavras de baixo calão, causando constrangimento para todos ali. Em seguida começou a falar mal da família da mesma, sobretudo de certo cunhado que ele dizia ser usuário de drogas. “Eu odeio drogado! Tinha que ter pena de morte para drogado”, ele vociferava. Aquela situação me pareceu ao mesmo tempo bizarra e cômica: um representante da justiça embriagado, agindo de forma violenta e despudorada diante dos convidados, exaltando o extermínio de “drogados”. Tivesse eu um espelho à mão, teria entregado a ele.

Certa ocasião observei um homem que defendia, entusiasmado, numa roda de amigos em um bar, a legalização da maconha. Ele tinha vários argumentos: dizia que era uma erva natural, que não causava danos, que relaxava. Ele comparava, por exemplo, com o álcool, e dizia que a bebida alcoólica é que fazia mal. Falava dos efeitos deletérios da bebida no organismo, das estatísticas ligando o uso de bebidas a agressões e violência, fazia menção aos acidentes de trânsito provocados por pessoas alcoolizadas. Falava que o tabaco prejudicava muito mais e criticava a indústria de cigarros. Ele fumava maconha há 16 anos e dizia que pararia quando quisesse: “Não sou viciado”. Ele era caminhoneiro, acabava de fumar um baseado e ia pegar a estrada. Chamou-me atenção na ocasião o fato de não termos dados de acidentes de trânsito relacionados ao uso das drogas consideradas ilícitas. Também não temos campanhas preventivas ou educativas que abordem os riscos dos usos de diversas drogas e o trânsito. Talvez a ilicitude dessas drogas seja o principal entrave para uma abordagem sensata e honesta deste problema.

Uma senhora, que foi vizinha minha, frequentava assiduamente aos cultos na igreja evangélica de sua preferência. Ela participava do grupo de senhoras, fazia visitas domiciliares, pagava os dízimos em dia. Me contou certa vez que conheceu um rapaz, filho de um vizinho, que morreu assassinado por traficantes. Ela morria de medo de que alguém da sua família se envolvesse com drogas. Ouvira falar que os traficantes escondem drogas em balas e doces para viciar as crianças, e sempre dizia para os netos não aceitarem nada de pessoas estranhas. Dizia que tinha muita pena deste povo “dependente químico”, e vinha participando de um movimento na igreja para ajudar essas pessoas. Ela me contou, no entanto, que há 15 anos, desde a morte do marido, não dormia sem seu diazepam, obtido através de uma receita constantemente renovada no centro de saúde, sem avaliação da pertinência daquelas prescrições, sem orientação quanto aos danos provocados ou abordagem para redução dos mesmos. Sabe-se que os benzodiazepínicos estão entre as principais drogas de abuso entre os brasileiros. Embora possam provocar efeitos deletérios para a saúde física e mental, na maioria das vezes os dependentes têm pouca ou nenhuma informação a respeito. Os dados estatísticos são suficientes para apontar uma epidemia silenciosa entre as “senhorinhas tristes”.

Numa jornada científica da qual participei recentemente, cujo tema era “as toxicomanias”, um psiquiatra conhecido pediu a palavra e fez uma fala contundente defendendo a internação compulsória de usuários de crack. Abordado por mim nos bastidores, ele revelou que assim fazia por achar que o usuário de crack não tinha controle do uso. Disse isto enquanto acendia um cigarro. Perguntado a respeito do seu uso de tabaco, disse que fumava tres maços por dia. Eu não quis indagar mais, para não ofendê-lo, mas diante dos males conhecidos causados pelo tabaco, diante das impressionantes estatísticas de óbitos e doenças prococados por esta droga, certamente quem faz um uso tão pesado está longe de ter algum controle.

Há algumas semanas , num grupo de usuários em tratamento no Caps ad , onde trabalho, o tema foi conduzido para o uso de drogas em situação de rua. Uma senhora, que vinha ao serviço em virtude do seu etilismo, apresentava um hematoma na face devido a um tombo que tivera naquela semana. Referindo-se aos usuários de crack da Pedreira Prado Lopes, lugar que ela nunca frequentara, disse: “aquelas pessoas são a escória humana”. Um dos usuários presentes, um jovem limpo e bem vestido, se sentiu ofendido e disse: “eu já fiquei muito lá, então eu sou a escória humana?” Houve uma discussão no grupo. Uma outra usuária do serviço contou que, em casa, ao chorar pela morte de um amigo que suicidara, foi repreendida pela irmã: “chorando por causa de um usuário de crack?”.

Estas e outras situações são recorrentes no dia a dia. As pessoas estão sempre prontas a criticar o comportamento dos outros. Em geral, elas não se vêem como tal, mas são usuárias de drogas, em muitos casos, fazendo uso abusivo ou mesmo sendo dependentes. Minimizam os danos provocados pelas drogas das quais fazem uso e condenam o uso que outros fazem de suas drogas. O debate sobre este tema então se dá, muitas vezes, sustentado pelo preconceito, pelo desconhecimento,pela hipocrisia e pelo estigma.

Conheço muitas pessoas destruídas pelo uso que fizeram, em suas vidas, de diferentes drogas, seja do álcool, da maconha, do tabaco, do crack, dos benzodiazepínicos. Do mesmo modo, conheço inúmeros usuários de tabaco, de crack, de maconha, de cocaína e outras drogas que trabalham, estudam, cuidam das suas famílias, amam, se divertem e fazem todas as coisas consideradas “normais” pela nossa sociedade.

Diante da atual comoção, provocada em grande parte pela mídia, sobretudo em torno do uso do crack, o que vemos é uma condenação sumária do uso e dos usuários. Algumas mentiras repetidas diariamente nos meios de comunicação criam um “inimigo interno”, estigmatizam algumas pessoas, principalmente os usuários em situação de rua, como a “escória humana”, como repetiu, irrefletidamente, a usuária do Caps aqui citada. Esta simplificação não leva em conta o fato de que a grande maioria dos usuários de crack, como de outras drogas, não estão nas ruas. Estão nas fábricas, nas escolas, no comércio, nas casas, nos coletivos, nas igrejas.

Este quadro tem gerado uma adoção por boa parte da sociedade de uma postura em relação às drogas baseada em chavões, bordões, que conduzem a ações irrefletidas, movidas pelo pouco senso, fomentando a estigmatização, o preconceito e a violência. Cria-se uma “caça às bruxas”, onde autômatos seguidores carregam suas tochas de intolerância, intoxicados por palavras de ordem que mal compreendem, desrespeitando direitos fundamentais da pessoa humana em nome dessa cruzada infeliz.

Após de anos trabalhando e convivendo com este tema, não titubeio ao defender a legalização de todas as drogas, fundamentado, no entanto, em princípios diversos daqueles propostos pela tal “Marcha da Maconha”. Se defendo a legalização da maconha e de outras drogas é, entre outros motivos, por perceber que a proibição tem trazido danos enormes para a sociedade, aumentando o poder do tráfico, dificultando o acesso dos usuários à saúde, colocando-os como cidadãos de segunda categoria, estabelecendo estigmas e preconceitos, fomentando a corrupção policial e o tráfico de armas, sacrificando milhares de jovens pobres no tráfico de drogas.

Ganharíamos todos muito mais se refletíssemos seriamente sobre o uso de drogas na sociedade, sobretudo o uso que que cada um de nós faz, dos riscos e prazeres, danos e alívios que nos trazem, ao invés de permanecermos comodamente na condenação da droga do outro.
















7 comentários:

  1. Ei Arnor,

    Olhar para a droga do outro é quase sempre pensar em que droga é o outro. Neste caso, o sexto...
    Voltarei aqui mais vezes. Gostei. Bjs.

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  2. [I]

    Nossa ótimo texto!
    só chamo a atenção para +- no meio do texto. ( 7º paragrafo ) qnd tu diz:
    "...não temos campanhas preventivas ou educativas que abordem os riscos dos usos de diversas drogas e o trânsito. TALVEZ a ilicitude dessas drogas seja o principal entrave para uma abordagem sensata e honesta deste problema..."

    Cara na minha opinião.. e pelo que percebi a tua tb deve ser.. COM CERTEZA a criminalização dessas substâncias e das praticas relacionadas a elas ( uso, produção e comercialização )é a o maior empecílho para que as pessoas tenham interesse em bucar informações sobre elas.
    no dizer popular: " - prende e/ou mata tudo!" ou " - não quero nem saber!"
    são idéias estimuladas por interesses, da mídia inclusa. Então se depender deles.. a informação não passará adiante.

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  3. [II]
    ..
    Achei incrível no teu texto.. a facilidade que o leitor/interessado encontra em se identificar..
    ..me extendendo um pouco, permito compartilhar uma observação que fiz ontem referente a uma noticia num programa denominado "CIDADE ALERTA" onde por uma denuncia anônima um pai e 2 filhos foram presos e julgados por tráfico de drogas, o que de acordo com a lei brasileira de 2006 confere uma pena de 5 a 15 anos.. sem me prolongar mto nesse assunto mas essa lei de 2006 tem como BASE a CONVENÇÃO DE VIENA que data 1971!!!!!!!!!!!!!!!!!! 71!!!! onde não existiam argumentos científicos suficientes para argumentar tamanha penalização por uma pratica hoje sabiamente indispensável, que é o comércio, produção e utilização de determinadas subtâncias psicotrópicas(tendo em vista que o consumo não apresenta diminuição e entendendo como PLENAMENTE NORMAL a ingenstão de substâncias Psicotrópicas por seres humanos [veja "QM" são as subs. psicotrópicas]). Na ocasião e tristemente até hoje são os interesses DE ALGUNS, a falta de informação GERAL, o PRECONCEITO e o FALSO MORALISMO quem preponderam nessas questões.
    ..
    Lei nº 11.343:
    -
    "..Art. 2o Ficam proibidas, em todo o território nacional, as drogas, bem como o plantio, a cultura, a colheita e a exploração de vegetais e substratos dos quais possam ser extraídas ou produzidas drogas, ressalvada a hipótese de autorização legal ou regulamentar, bem como o que estabelece a Convenção de Viena, das Nações Unidas, sobre Substâncias Psicotrópicas, de 1971, a respeito de plantas de uso estritamente ritualístico-religioso.

    Parágrafo único. Pode a União autorizar o plantio, a cultura e a colheita dos vegetais referidos no caput deste artigo, exclusivamente para fins medicinais ou científicos, em local e prazo predeterminados, mediante fiscalização, respeitadas as ressalvas supramencionadas. .."

    -
    ..

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  4. [III]
    ..
    ..mas voltando a denuncia anônima.. me chamou a atenção na reportagem que ele reproduziram a fala de um dos ditos criminosos onde ele dizia: "- mas o que é que eu vou fazer agora?" Subtendendo que aqula era a sua profissão.. uma vez que tratavam-se de moradores de uma região onde o tráfico é comum.. o que me indignou é que aqui , no Brasil, esses indivíduos são tratados como CRIMINOSOS = escória, e em outros locais seriam vistos como o que realmente são, pois tratam-se apenas de MERCADORES. Infelizmente para eles, para os usuários e para os produtores.. suas mercadorias são ILEGAIS portanto justificam penas como a presente, que nada mais é se não OBSOLETAS e justificavelmente INJUSTAS! pois são comparáveis à penas aplicadas em crimes considerados HEDIONDOS!!!

    Posso ter me extendido um pouco além.. mas entendo como um acréscimo de informações que são necessárias para o entendimento de como a situação atual, a respeito das ditas "DROGAS", é encarada da maneira que é: Com PRECONCEITO, DESINFORMAÇÂO e acatando interesses de uma
    minoria que busca nada além do LUCRO! e que anteriormente usava de falsas premissas referentes a questões sanitárias que atualmente estão sendo estudadas e, apesar de entraves impostos por algumas leis "contra-científicas" de decadas atrás (onde o PRECONCEITO e a informação MANIPULADA = DESINFORMAÇÃO reinavam).

    Felizmente novas pesquisas estão sendo feitas e a internete está presente para a divulgação das mesmas visto que não há, AINDA, interesses gerais na busca dessas, e somente quando começar a existir esse interesse que, a mídia e os representantes populares passarão a absorve-los e aplicá-los.

    A MUDANÇA TEM QUE OCORRER DEBAIXO PARA CIMA!

    Quanto a internete trata-se do meio no qual essa informação PODE SER, de uma maneira translúcida, uma ferramente na construção de uma sociedade mais consciente e em busca da verdadeira JUSTIÇA.

    LIBERDADE - IGUALDADE - HUMANIDADE

    att.
    P.H. Salomão

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    1. Oi, Pedro;
      obrigado pela visita e pelos comentários. Voce mostrou sensibilidade e propriedade nas suas colocações. A legislação sobre drogas pode ficar ainda pior. Há um projeto de lei do deputado Osmar Terra que quer voltar a prisão para usuários de algumas drogas. Vamos ampliando este debate com a sociedade, cada um do seu jeito, na sua área, para tentar mudar as perspectivas ruins que se apresentam.

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    2. Na contramão da tendência mundial e da ciência, o deputado Osmar Terra (PMDB/RS) quer aumentar a pena mínima do crime de tráfico de drogas ilícitas, generalizar a internação involuntária de dependentes, que deveria ser uma medida de última instância, e manter a criminalização do consumo de drogas. Seu projeto de lei (2012) acaba de entrar em regime de urgência na Câmara dos Deputados e corre o risco de ser aprovado sem qualquer discussão ou consulta popular. Isso seria um enorme retrocesso e causaria danos difíceis de reverter à nossa sociedade.



      Se você quiser se manifestar contra

      este projeto, clique no link abaixo:



      http://www.avaaz.org/po/petition/DIGA_NAO_AO_PROJETO_DE_LEI_QUE_VAI_MANDAR_USUARIOS_DE_DROGAS_PARA_A_CADEIA/?fruiQbb&pv=13

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